É clichê, eu sei. É clichê e a gente sempre sabe. A vida é clichê, sim. Ninguém inventa a roda do dia a dia, da manhã, tarde e noite, dos relacionamentos e sentimentos. No fundo passamos pelas mesmas coisas. Algumas pessoas com mais intensidade que outras, outras com mais profundidade que as outras, talvez com mais verdade que outras, mas bem parecidas. A diferença, no fundo, é quanto de si cada um dá!
Lembro de uma amiga que sempre me dizia que não estava pronta para um relacionamento. E assim ela saía por aí, de balada em balada, paquerando os caras mais improváveis do mundo, numa busca incessante para, claro, não dar certo com ninguém. E só ela não via. Só ela não acessava quanta verdade tinha naquilo tudo, e seguia afirmando a frase mais clichê das desiludidas: “não tenho sorte”. Tudo está à nossa disposição. E a gente encontra exatamente o que procura. O que dá de si mesmo para o mundo.
É clichê, eu sei, mas a vida é aquela plantinha verde que a gente planta. Se a gente fica sentada, do ladinho dela, querendo enxergá-la crescer, seremos dominados por tédio e sensação de que nada está acontecendo. Aff! Demora mesmo! Mas se a gente for viver, lembrando de rega-la devagarinho, de acordo com o clima naquele dia, vez ou outra seremos surpreendidos com o tanto que ela cresceu, ou floresceu. É clichê, eu sei, mas se aprende a viver, vivendo. Se aprende a amar, se amando. E amando também!