Hoje faz uma semana exatamente que a minha ficha caiu. Acordei em Ilhéus, depois de um final de semana com amigos e família, e me arrumei para voltar para casa com a sensação de que mudanças viriam. E vieram. Na velocidade da luz.
Cortei o cabelo, me olhei no espelho e entendi que era o momento de adiar projetos. Mas, nem de longe imaginei esse confinamento compulsório e tudo que está aí acontecendo no mundo. Não mesmo.
Escolhi silenciar em relação a várias coisas. Decisões e algumas observações. Estes momentos de caos geralmente servem para nos mostrar quem é quem, mas ouso escrever que este em especial veio para nos mostrar quem somos nós. O que estamos fazendo aqui. O que queremos do mundo. No mundo. Para o mundo.
Acabo de assistir a um vídeo onde uma confinada na Itália avisa: “Vocês passarão por muitas fases! Tenham planos! Tenham metas!”. Palavras fortes e duras, mas necessárias. Oscilo (e acredito que a maioria das pessoas) entre o viver um dia de cada vez no meio disso tudo, e a vontade de não deixar esse tempo passar em vão. Acho que é por aí. Não, pera, é por aí mesmo. Ser útil para si mesmo. Empatia consigo. Amorosidade comigo. Já contei que ando me arrumando para ficar em casa?