O amor nos molda. Pela profissão, pelo produto ou serviço que acabamos de descobrir, pelas pessoas e, claro, por nós mesmos. É o amor quem dita as regras do jogo da vida. Por mais focados que possamos estar nos problemas do dia a dia, a solução só é a melhor quando baseada no que pode fazer crescer, evoluir, movimentar. Para o alto e avante, sempre. Pelo menos é assim que acredito.
Todas as fases nos trazem lições e boas recordações. Quando perdi meu pai, e eu só tinha 13 anos, por mais dolorido que aquele momento pudesse estar sendo, eu pensava nas coisas que ele adiou fazer, achando possuir o dom do tempo, e me imaginei sendo exatamente o contrário. Lembro que passei meses com amargando a ideia de que a vida seguia e ele estava “trancado” no cemitério. Aquilo me doía um monte e reconheço, hoje, que foi à partir daí que nasceu essa pessoa com vontade de viver, passear, usufruir da vida o máximo que ela pode me ofertar.
O amor constrói degraus para nos fazer ir além dos muros, a gente é que complica um tanto, de vez em quando. Se eu focasse, por exemplo, nos defeitos do meu pai, talvez o meu caminho tivesse sido diferente do que é hoje. Acredito no poder de renascimento que os momentos difíceis tem, e na nossa capacidade interna de voar mais alto, quando puxados para o chão. Permitir-se observar, absorver,e alçar os voos necessários, sempre. O amor e a dor caminham, quase sempre, lado a lado. Qual delas você alimenta?